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sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Boa Terra - Coluna do dia 10/12/2015

Festa para uma diva, com seda, veludo e banquete de faisão
Quem acaba de ganha uma homenagem de fim de ano como só as verdadeiras divas merecem é Juca Duarte Moniz Barreto Lisboa. A socialite que virou referência de estilo e requinte para o high society teve direito a festa palaciana, com banquete de faisão, assinado pelo chef português Nuno Salvaterra. Palácio de verdade, porque o estilista e artista plástico Julio Cesar Habib recebeu a homenageada num casarão nobre, coalhado de lustres de cristais, arandelas laqueadas, vasos de Murano e poltronas estofadas com veludos e damascos de inspiração vitoriana. Sobre as cortinas de veludo, seda e voile, nem precisa falar. 
Como se não bastasse abrir os salões de um dos casarões mais suntuosos do centro antigo de Salvador, imóvel do século XIX que pertenceu a um dos barões do cacau, Julio Cesar Habib ainda ofereceu uma escultura à sua grande amiga. Um busto em estilo renascença, esculpido numa rocha natural do tipo Bege - Bahia. “Julio, meu querido, impossível estar com você sem lembrar de Ingeny Habib, uma grande referência para mim em elegância e beleza”, disse sobre a mãe do anfitrião, já falecida, e que era comparada a ícones de beleza como a atriz Sofia Loren e a “Miss Brasil” Martha Rocha. 
Coleção para cantora norte-americana
A noite especial na “Maison de Eventos Habib” fervilhou de figuras do high society baiano, principalmente de gente ligada à secular produção de cacau do sul da Bahia, local de origem da família do anfitrião que ficou famoso atuando também como estilista da alta costura, chegando a assinar guarda-roupa para a cantora norte americana Connie Francis. Lá estavam, por exemplo, o casal Socorro e Sergio Habib. Ele, que é advogado e primo do anfitrião, recebeu troféu de homenagem. Também Silvinha Silva, Marita Novis, Maria Cristina Mendonça, Iasmine Habib, Maria Augusta Abdon, Tânia Lucia Almeida, Alderica Pinto, Kaka Bulhosa e Tania Pastori.
Sala vazia e burburinho nas escolas
A Bahia também corre o risco de rebuliço nas escolas públicas. Principalmente em Salvador, onde corre o boato de que as eleições para diretores e vice-diretores, marcadas para hoje, poderiam ser suspensas e transferidas para quarta-feira, dia 16. “O que está deixando muita gente inquieta é a composição das chapas concorrentes, pois várias estão incompletas até esta quarta-feira, sob alegação de questões internas. De uma hora para outra, um diretor retira o nome da chapa”, contou um dos professores, sem autorizar a identificação. Contou que além das eleições, há preocupação com o esvaziamento de escolas. “Como ocorre, por exemplo, no Colégio Odorico Tavares, no Corredor da Vitória, onde hoje só há aulas no turno matutino”, informou.
Música de vanguarda e rapper gay em Salvador 
Se ainda existe tribo de vanguarda em Salvador, dá para apostar que o centro histórico vem abaixo neste sábado com o inusitado encontro da banda “Baiana System” com o cantor paulistano Jefferson Ricardo Silva, no Largo Teresa Batista. O convidado da banda que renova a música baiana é nada menos do que Rico Dalasan, o primeiro rapper queer do Brasil. Em outras palavras, é o rapper gay de cabelos escovados e camisolões parecendo peças da alta costura chinesa que está encantando as tribos mais descoladas do país.
Justiça seja feita, o show já vale a pena pela oportunidade do baiano assistir para valer à incrível banda “Baiana System”, que encanta plateias do Japão e dos Estados Unidos, mas é pouco conhecida pelo público baiano, como Boa Terra já reclamou. E olha que o dia ontem foi de ferveção no Rio de Janeiro em preparação para a apresentação à noite dos músicos baianos no “Circo Voador”, como atração principal do encontro “Emergências 2015”. Mas levar o rapper Rico Dalasan ao palco é outra história irada.
Totalmente desconhecido na Bahia, Rico Dalasan não fala das pieguices sobre o caos urbano e os protestos automáticos que dominam o canto do rapper engolido pelo Mainstream. Prefere bradar cadenciado  sobre relacionamentos, principalmente dos meninos que gostam de meninos. E chega a usar músicas de Daniela Mercury para suas sampleadas.  
Grafite baiano com premiação carioca
Tomaz Viana nasceu em Salvador, estudou arte e design, e como um dos artistas mais talentosos de sua geração espalhou grafites incríveis pelas ruas da cidade, mas ninguém liga. Boa Terra já falou sobre painéis produzidos por ele. Mas no Rio de Janeiro, onde o artista mora atualmente e assina seus trabalhos como Toz, a história é o outra. E cheia de glória. Acaba de virar capa da “Veja Rio”, a publicação mais influente da metrópole internacional.
A matéria “Carioca do Ano” mostra um ranking de onze personalidades premiadas por deixar a sua marca no Rio de Janeiro. Santa ingratidão, mas dois baianos precisaram dos cariocas para brilhar desse jeito, pois além de Toz, figurou também a culinarista Bela Gil Demasi ao lado da atriz Grazi Massafera e a apresentadora de televisão Regina Casé, e mais sete personagens. A festa para entregar o troféu foi no “Golden Room” do “Copacabana Palace” com direito à atriz Fernanda Montenegro entregando os totens. 
O destaque que reforçou a relação de Toz com o Rio de Janeiro foi que ele pintou o maior grafite a céu aberto da cidade. “Ele passou dez dias pendurado em um andaime, subindo e descendo pela empena do hotel Marina Palace, no Leblon. Ali, gastou 800 latas de tinta para pintar um imenso painel de 75 metros de altura por 10 de largura, o maior da cidade no gênero”, contou a revista.
Talento do high society com estilo artesanal 
Presença sempre prestigiada no high society, Fátima Guimarães Camelyer conhece muito bem o comportamento e o estilo do grand monde, principalmente as tendências que encantam atualmente. Por isso ela surpreende ao adotar o hand made para produzir a incrível coleção de almofadas que exatamente por serem produzidas artesanalmente ganham sofisticação e temáticas singulares. 

É uma produção em decoração que inclui também abajures e luminárias que perdem aquele jeito opaco e limpo para se transformarem em peças charmosas. Totalmente autorais, “a gente pensa em oferecer personalidade aos ambientes de acordo com o gosto do cliente”, diz a artista, revelando o segredo das opções para artigos em sedas, por exemplo. Nada de pieguice, as estampas geométricas criam a ilusão do efeito 3D.



          Fonte> https://www.tribunadabahia.com.br/2015/12/10/boa-terra-coluna-do-dia-10122015

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