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quarta-feira, 6 de abril de 2016

Coletivo BaianaSystem chega ao segundo disco pronto para expandir seus ritmos pelo país

Muito além dos abadás berrantes, das coreografias duvidosas e da alegria ensaiada, algo de novo está acontecendo na cena pop de Salvador. Surgido em 2009 com a pretensão assumida de “modernizar o passado amplificando as tradições populares”, o coletivo BaianaSystem chega ao segundo disco pronto para seduzir corações, mentes e quadris da metade meridional do país. Você já ouviu esse papo de unir regional com universal antes com Chico Science, mas Duas Cidades se difere do mangue beat pela origem, pelas matrizes empregadas para atingir seu intento e por introduzir no menu sonoro nacional o “bahia bass”.
O BaianaSystem é um dos expoentes desse movimento, estética, gênero ou seja lá o que for, criado para ressignificar a música urbana soteropolitana. Como os sound sys­tems jamaicanos nos quais se inspira, a configuração do grupo gira em torno de Roberto Barreto (guitarra), Russo Passapusso (vocais) e SekoBass (baixo). Os demais integrantes variam conforme a ocasião, incluindo percussionistas, DJs e produtores. Essa combinação acaba resultando em um som livre para beber de qualquer fonte de qualquer lugar de qualquer época, desde que seja dançante.

As duas músicas que precederam o lançamento do álbum – o reggae nervoso Playsom e a cumbia Lucro (Descomprimindo) – dão uma noção do banquete que aguarda o ouvinte. Aqui e ali, em doses generosas ou pin­celadas sutis, aparecem frevo, kuduro, pagode, samba-reg­gae, ijexá e ritmos afro-latinos, embalados por letras em sua maioria políticas e batidões de levantar defunto. É tanta informação que fica até difícil apontar algum destaque. Por enquanto, as frenéticas Calamatraca e Bala na Agulha despontam como favoritas. Nada impede, porém, que essa lista mude na próxima audição de Duas Cidades.

Clube punk-brega
Produzido via financiamento coletivo, Wanclub desenterra e rearranja pepitas do repertório de Wander Wildner. Para satisfação da posteridade, clássicos dos Replicantes (antiga banda do bardo punk-brega) como Astronauta e Surfista Calhordaforam mantidos quase irretocáveis – o mesmo não se pode dizer de Sandina, que ganhou uma roupagem tosca no mau sentido. De sua carreira solo, Eu Não Consigo Ser Alegre o Tempo Inteiro e Um Lugar do Caralho funcionam sempre, não importa a releitura. A versão física conta com 14 faixas e a digital traz seis a mais (incluindo a inédita Colonos em Chamas), disponíveis também para download àqueles que ajudaram a bancar o disco.



              Fonte> http://dc.clicrbs.com.br/sc/entretenimento/noticia/2016/04/coletivo-baianasystem-chega-ao-segundo-disco-pronto-para-expandir-seus-ritmos-pelo-pais-5754799.html

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