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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

BaianaSystem testa no Carnaval músicas do novo álbum, que sai em março Veja mais em: http://www.correio24horas.com.br/single-guia/noticia/baianasystem-testa-no-carnaval-musicas-do-novo-album-que-sai-em-marco/ Correio da Bahia

Durante o Carnaval, grupo desfila novidades do segundo álbum com convidados como Márcio Victor e As Ganhadeiras de Itapuan
De cima do trio elétrico, os integrantes da BaianaSystem olham para baixo e observam o público. O suor marca cada um dos rostos que parecem estar em transe, uns de olhos fechados, outros vestindo as disputadas máscaras de Filipe
Cartaxo. Os corpos em movimento anunciam: está começando mais um Carnaval.
“Quando a gente olha para baixo, vê muitas manifestações. Roda, pulo, salto, gente que requebra, remexe, esquiva... Somos um recorte da cidade e montamos o quebra- cabeça com o público”, observa Russo Passapusso, 33 anos, vocalista do grupo que está prestes a lançar seu segundo álbum.

Ontem, no Furdunço, a BaianaSystem mostrou um pouco do disco ainda sem nome, previsto para março, e uma prévia do seu Carnaval que vai passar por Cajazeiras, Praça Castro Alves, Pelourinho e Furdunço, de novo, na sexta.
Ao ouvir o mix de guitarra baiana com influências como dub, reggae, arrocha e ijexá, o folião mergulha no “empurra-empurra, no roça- roça” e vai se “esgueirando, feito um ninja no meio da multidão”, como bem descreve a música O Carnaval Quem é Que Faz?
Há três dias do início oficial da festa de Momo, que tem como tema Vem Curtir a Rua, o folião já está fazendo o seu Carnaval. São tribos cada vez mais diversas atrás da pipoca que a BaianaSystem faz desde seu surgimento, em 2010. “Pra gente esse sempre foi o tema. Essa é a lógica, é o que faz o Carnaval ser Carnaval, enquanto acontecimento social”, garante o guitarrista Robertinho Barreto, 44.
Sistema de somInspirada no sistema de som jamaicano, a BaianaSystem testa novas músicas em cima do trio, nos shows, antes de gravar em disco. Caso de Lucro (Descomprimindo), parceria com o multiinstrumentista argentino Mintcho Garrammone que acaba de ser lançada nas redes sociais. Velha conhecida de quem acompanha os shows da Baiana, a música faz parte do novo álbum do grupo, assim como  Playsom.

muito importante que a gente entenda esse meio de produção. Vem do soundsystem, vem do eletrônico, vem do reciclável. Não é um processo estático. Os antigos jamaicanos faziam isso. O samba-reggae é assim. A Bahia e a Jamaica têm esse processo muito forte”, explica Russo.
Assim, quem quiser uma prévia do novo trabalho , produzido pelo paulista Daniel Ganjaman, não precisa esperar. “A mais de mil decibéis”, as novidades estarão disponíveis no Carnaval da banda que reúne um público cada vez maior e mais heterogêneo.
Do circuito independente, a banda já rodou o Brasil, fez turnê internacional que passou pela China, virou trilha do jogo Fifa 16 e até de aula de suingue baiano, nas academias, ao lado de bandas como Vingadora e Psirico. “Sério? Não sabia disso!”, surpreende-se Russo, aos risos.
 “Acho maravilhoso! Só lembro de Leo Brau e Erica Ribeiro, que tiveram a expressão corporal filmada no clipe de Playsom”, elogia, ao citar os dançarinos da música que tem participação de Márcio Victor, do Psirico, na percussão. O novo álbum da Baiana inclui as Ganhadeiras de Itapuã e artistas como Rowney Scott, Siba, Marcelo Galter e Junix 11.

O que acontece com a BaianaSystem, que agrada todo mundo, é que os caras são mente aberta, né, bicho? Os caras são massa, a música é bem feita... A semelhança que vejo do público do Psirico gostar é que a Baiana mistura um pouquinho de tudo”, destaca Márcio Victor, 36 anos.
Alvo de crítica por parte de alguns fãs xiitas, que torcem o nariz pra diversidade de público, a BaianaSystem não se limita e aposta mesmo na experimentação. “Engraçado isso... A gente tem mudado muito o público. Mas isso, na verdade, é um combustível. Salvador é assim, a experimentação faz parte do DNA do baiano e passa por tudo, inclusive o público diverso”, pondera Robertinho.
Russo concorda: “Existem preconceitos, mas a gente não cai neles. Seja no Carnaval que é livre, seja no espaço privado. Existe ali um elemento que está relacionado diretamente ao que a galera sente. A música alimenta a alma”.

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