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domingo, 27 de agosto de 2017

Resenha: Mulamba e BaianaSystem esquentam Curitiba.

Encerramento de festival local marca a primeira vez da BaianaSystem em Curitiba


O festival Subtropikal, que acontece na cidade de Curitiba (PR), dedica-se à arte urbana. Já em sua segunda edição, a festa de encerramento, que aconteceu no último dia 22, contou com duas bandas que garantiram ao público uma grande experiência com sons modernos e urbanos carregados de temáticas sociais.
Os responsáveis por essa experiência foram a banda local Mulamba e o show de encerramento do grupo BaianaSystem. A energia proporcionada pelas duas bandas não deixou o rigoroso inverno da capital paranaense afetar o público. Dança e calor tomaram a Ópera de Arame e garantiram uma verdadeira festa.
Mais intimista, a banda curitibana, composta unicamente por mulheres, começou sua apresentação ainda com poucas pessoas na plateia. De forma gradativa, a ópera foi se enchendo, e as palmas que se ouviam entre as músicas ficavam cada vez mais altas conforme o show acontecia.
A bandeira da representatividade feminina, evidentemente defendida pelo grupo, foi abraçada rapidamente pelos presentes. Rolou até cover de “Maria da Vila Matilde”, da Elza Soares, e de “Top Top”, da Rita Lee – duas artistas fortemente ligadas ao tema do feminismo.
Além da força das músicas, a banda também se mostrou muito performática. Além de todas estarem vestidas de cinza, a apresentação teve direito a danças, e teve até tinta vermelha sendo esfregada nas integrantes – simbolizando sangue.
Se quiser conhecer mais sobre essa banda, pode ler nossa entrevista exclusiva. As meninas disponibilizaram recentemente o clipe para a canção “Mulamba”, que abriu o show.
Pela primeira vez em Curitiba, a BaianaSystem trouxe todo o calor e ritmo da Bahia para o festival. Mais uma vez se consagrando como um dos nomes mais inovadores da atual música brasileira, o grupo liderado por Russo Passapusso fez jus à proposta criativa do festival, com suas canções que mesclam frevo, samba, rock e reggae com a música eletrônica.
Uma das coisas mais interessantes nas músicas interpretadas foi que nenhuma delas foi simplesmente executada pelo grupo. O próprio Russo disse que esse show seria “na base do improviso”. Cantigas de roda, discursos e momentos só de instrumental deram uma roupagem mais animada para as já eletrizantes músicas da BaianaSystem.
O destaque vai para a versão diferente feita para a música “Terapia”, muito mais pesada e que botou o público para suar. Outro ponto alto foi “Invisível”, em que Russo dedicou às pessoas que fazem o show dar certo: iluminadores, técnicos de som, seguranças e mais. Fora isso, foi como se a banda, ao longo da apresentação, preparasse o público para dar o melhor de si na música final, o hit “Playsom”.
O único ponto negativo foi proporcionado pelo próprio espaço do show. As cadeiras que ocupam a Ópera de Arame podem ter sido um obstáculo para alguns pagantes. A energia do grupo, no entanto, fez com que muitos ignorassem as cadeiras e fossem para o mais perto possível do palco, onde conseguissem pular e dançar. Alguns até subiram nas cadeiras para ter mais espaço, enquanto outros as usaram para pendurar casacos e cachecóis.
BaianaSystem foi uma das atrações do Festival Tenho Mias Discos Que Amigos, que ocorreu em Abril. Além disso, a banda se apresentará no próximo Rock in Rio.
                                                Fonte> http://www.tenhomaisdiscosqueamigos.com/2017/07/29/mulamba-baianasystem-curitiba-critica/

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